Parasitoses gastrointestinais e cardiopulmonares em canídeos e felídeos do Arquipélago dos Açores e suas repercussões no bem-estar animal e saúde pública

  • Estado
    ONGOING
  • Nome
    Romana Teixeira
  • Entidade de acolhimento
    Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Lisboa
  • Universidade que atribui o grau
    Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Lisboa

Objectivo

  1. Caracterização do microbiota parasitária gastrointestinal e cardiopulmonar em canídeos e felídeos
    1. Colheita de amostras fecais e sangue nas diferentes ilhas do arquipélago
    2. Processamento das amostras com métodos coprológicos e identificação de
      formas parasitárias por métodos clássicos e moleculares
  2. Caracterização do impacto sazonal na transmissão e taxa de infeção parasitária
  3. Realização de inquéritos
    1. Inquéritos aos detentores sobre fatores predisponentes à ocorrência de parasitismo e risco de infeção humana por zoonoses parasitárias
    2. Inquéritos sobre prevenção e controlo dos parasitas do cão e do gato efetuado aos
      médicos veterinários açorianos.

Resultados & Impacto

A prevalência global de parasitismo gastrointestinal em canídeos foi de 40%, em que os resultados obtidos, para cada parasita, foram os seguintes: Ancylostomatidae (32%), Toxocara canis (18%), Trichuris vulpis (18%) e Cystoisospora spp. (9%).

A prevalência global de parasitismo gastrointestinal em felídeos foi de 46%, onde cada parasita registou as seguintes prevalências: Ancylostomatidae (31%), Toxocara cati (18%) e Cystoisospora spp. (11%).

A prevalência de parasitismo pulmonar foi de 0% nos canídeos e 15%, nos felídeos, tendo sido detetada apenas a espécie Aelurostrongylus abstrusus, em gatos.
Os níveis de excreção de parasitas nas fezes (EPG/OPG/LPG) revelaram-se superiores nos gatos.

Relativamente às ilhas, nos cães, a percentagem de amostras com resultado positivo foi a seguinte: Corvo (70%); Flores (67%); São Miguel (28%); Terceira (47%). Nos gatos, os valores registados foram os seguintes: Corvo (60%); Flores (80%); São Miguel (42%); Terceira (49%). Estes resultados vieram demonstrar que a disparidade de recursos, sobretudo nas ilhas a ocidente (Flores e Corvo), teve influência nos graus de parasitismo obtidos.

Relativamente aos métodos quantitativos, o Mini-FLOTAC (MF) mostrou ser um método mais sensível que o McMaster, para níveis de excreção fecal inferiores a 50 EPG/OPG. Porém, no que se refere à deteção de larvas de metaestrongilídeos, a técnica de Baermann mostrou maior sensibilidade, comparativamente ao MF.

No conjunto das ilhas estudadas até agora, tanto para cães como para gatos, as do grupo
Oeste apresentam níveis de parasitismo mais elevado que as do grupo Leste; Dos parasitas assinalados foi verificada a importância em Saúde Pública de dois grupos de
parasitas, Toxocara spp. e Ancylostomatidae;

Relativamente ao parasitismo respiratório destaca-se o nematode Aelurostrongylus
abstrusus dos gatos, cujos isolados estão a ser analisados por biologia molecular para
pesquisa e identificação de espécies.

Documentos

  • Relatório anual 2022-203
    Relatório Anual – Doutoramento em Ciências Veterinárias

    Consulte aqui.

  • Apresentação
    How MarSP contributed to MSP processes in the Macaronesia?
    Saber mais