A biotecnologia é frequentemente associada ao desenvolvimento de drogas e enzimas industriais que melhoraram a produção de uma série de produtos para os seres humanos. A biotecnologia está a mudar as indústrias tradicionais, como o processamento de alimentos e a fermentação e deu origem ao desenvolvimento de uma tecnologia completamente nova para a produção industrial de hormonas, antibióticos e outros produtos químicos, fontes de alimentação e de energia e processamento de resíduos. A biotecnologia marinha, também conhecida como biotecnologia azul, explora a biodiversidade encontrada em ambientes marinhos em termos de forma, estrutura, fisiologia e química de organismos marinhos e os compostos naturais que produzem. Muitos desses não têm equivalente em terra, de maneira que permitem a realização de novos materiais e motivo pelo qual atraem a atenção de tantos cientistas e iniciativas de bioprospecção.

A forte atividade geotérmica dos Açores oferece ambientes altamente mineralizados que servem de habitats a microorganismos e invertebrados cujas atividades metabólicas representam fontes de potencial descoberta de novos compostos biológicos de interesse biotecnológico, como enzimas industriais, farmacêuticas, agroalimentares, bioenergéticas e produtos de bio-remediação e investigação científica (reagentes de biologia molecular). Que consequências tem a exploração dos recursos naturais marinhos na Região? Há um cuidado efetivo por parte dos intervenientes na sustentabilidade dos ecossistemas? Participe nesta discussão, inscreva-se!