Projeto BIOTRANSFER junta interesses de centros de investigação, empresas e agências de financiamento

21 de Novembro de 2018

“O Diretor Regional da Ciência e Tecnologia afirmou hoje, na Lagoa, em S. Miguel, que o projeto europeu BIOTRANSFER permitiu juntar “um conjunto de interesses dos centros de investigação e de empresas, mas também das agências de financiamento”.

“É uma enorme responsabilidade participar nestes projetos”, frisou Bruno Pacheco, acrescentando, no entanto, que “são uma forma de materializar objetivos das políticas públicas do Governo dos Açores nas áreas da Ciência e Tecnologia”.

O Diretor Regional falava no âmbito das ‘Jornadas de Transferência do Projeto BIOTRANSFER 2’, onde estiveram presentes duas dezenas de participantes das regiões da Macaronésia, nomeadamente Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde, que integram este projeto, financiado pelo programa INTERREG MAC 2014-2020 Cooperação Territorial.

Bruno Pacheco salientou que o BIOTRANSFER 2 “está claramente orientado para a transferência do conhecimento”, acrescentando que este “é um tema cada vez mais atual pela necessidade de capacitarmos ainda mais e melhor o nosso tecido produtivo”.

Este projeto visa implementar um modelo de transferência da investigação biotecnológica orientada para a rentabilidade empresarial e a mobilização de fluxos de negócio, admitindo o Diretor Regional que existem “fortes expetativas em relação aos resultados finais” do projeto.

Nos Açores, o BIOTRANSFER é coordenado pelo Fundo Regional para a Ciência e Tecnologia e envolve as empresas Finançor, UNILEITE e a MUSAMI.

Bruno Pacheco destacou, na sua intervenção, iniciativas do Governo dos Açores como o Transfer+, com um investimento global superior a oito milhões de euros, para três anos, referindo que apresenta medidas como uma linha de financiamento, já em vigor, para projetos de investigação e desenvolvimento (I&D) em contexto empresarial, mas também “novos instrumentos em fase de preparação burocrática, como os vales de I&D, vales patentes, vales ‘matching’ e núcleos de I&D em contexto empresarial”.

O Diretor Regional frisou que os núcleos de investigação e desenvolvimento em contexto empresarial podem ser “uma boa oportunidade para aprofundar as dinâmicas de transferência” de conhecimento, reforçando que “é um instrumento de parceria obrigatória entre empresas e o Sistema Científico e Tecnológico dos Açores, mas também entre entidades como, por exemplo, o NONAGON, o TERINOV, o INOVA”.

Segundo Bruno Pacheco, este instrumento vai permitir “um maior compromisso entre áreas produtivas e o sistema científico, sempre com a perfeita noção de que o foco da Região deve estar orientado para as áreas onde sabemos que podemos, de facto, fazer a diferença”.

Neste sentido, apontou a agroindústria e a agropecuária, acrescentando que “a biotecnologia deve ser o suporte para aprofundar a escala de valor desta área económica”.

No âmbito do Transfer+, o Diretor Regional lembrou ainda que está a decorrer o concurso para bolsas de pós-doutoramento em contexto empresarial, cujo prazo de candidaturas será alargado até ao final deste ano.

GaCS/GM”