Fundo Regional da Ciência e Tecnologia
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Objectivo
A investigação pretende refletir sobre o contributo da narrativa arquitetónica nas práticas de intervenção contemporânea em paisagens classificadas, designadamente, a possibilidade de as operar, reconfigurar e mediar, sem entrar em conflito. Tendo como objeto a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico e como casos de estudo 10 aglomerados rurais que constituem «os exemplos mais significativos da arquitetura tradicional, da construção da paisagem, modos de vida, usos e tradições dos seus habitantes», pretendem-se estudar as formas na sua componente qualitativa e não apenas quantitativa, depurando-as à sua essência, estrutura, lógicas e conotações, bem como às qualidades que lhes conferem consistência e coerência. Uma análise efetuada em três níveis:
No pressuposto de que esta investigação constitui, antes de mais, um contributo para a prática de projeto, aspira-se construir um instrumento metodológico com um duplo objetivo geral: conhecer para permitir operar (detetar as formas elementares para fixar as permanências matriciais e transformar as variáveis) e conhecer para admitir participar (questionar o quadro regulamentar resultante da classificação da UNESCO e propor uma revisão sustentada e fundamentada). Esta ferramenta de projeto estabelece os seguintes objetivos específicos:
Resultados & Impacto
Espera-se que a investigação contribua para a operacionalização desta paisagem cultural e que constitua uma ferramenta útil de metodologia de projeto, que, ao invés de cristalizar e musealizar as construções, permita intervir de forma contextualizada, integrada e potenciadora da sua identidade. Sobretudo, que incite a reflexão sobre o equilíbrio entre a permanência e a transformação na Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, imprescindível à sua revitalização, sob pena de a converter em lugar-memória, desprovida de dinâmica, interação e vida. Paralelamente, promova um diálogo sobre a prática arquitetónica, nas intervenções contemporâneas em paisagens classificadas, designadamente, a possibilidade de as operar, reconfigurar e mediar, sem necessariamente entrar em conflito. Uma conjugação que reforça a ideia de que um território capaz de preservar a sua paisagem, atualizando-a de um modo inteligente e coerente, apresenta maior probabilidade de a manter ativa e, por conseguinte, de a transmitir a gerações futuras.